— Posso te fazer uma pergunta?
— Não.
— Credo. Por que?
— Porque não. Você perguntou se pode, não posso responder "não"?
— Mas...
— Porque quando você vem com esse papo, é que vai perguntar coisa chata. E eu não quero responder.
— Quê que custa?
— Não sei o quê que custa. Mas eu vou ficar sem graça, no mínimo.
— Então da próxima vez eu já pergunto direto.
— É até melhor mesmo. Pergunta e pronto. Mas "posso te fazer uma pergunta?" é fogo.
— Ah, não é tão mau...
— É mau sim, senhor. Ninguém fala "posso te perguntar uma coisa?" para saber que horas são, ou se o Brasil ganhou o jogo de ontem. É para perguntar coisa cabeluda.
— Ué, de repente eu só ia perguntar sobre sua família.
— Aí você perguntaria direto: "oi, tudo bem?, e a família, como vai?". Mas quando o perguntador vem com esses papos, é porque vai colocar o perguntado em má situação.
— É. Acho que você até que tem razão. Meio que assusta a pessoa mesmo.
— Eu acho que quando você vai fazer uma pergunta que exija permissão antes, é melhor nem fazer. Vai ser chato.
— É verdade. E se tiver que perguntar mesmo, que seja de uma vez, sem "posso te fazer uma pergunta?"
— E não é?
— Então está combinado. Agora, sobre aquela minha pergunta...
— Não!
12 comentários:
esse diálogo me trouxe tantos dejavus...
Realmente, quando alguém vem com esse papo, a pergunta é cabeluda !
Beijos
pois...as perguntas dificieis...
deixo-te um beijo
chega me dá frio na barriga qdo algm faz essa pergunta preliminar antes! uiiii
bjm bruno
ASeHASehSAeh
Nossa eu tenho um óóódio de quem chega falando isso.
Ou entao, qdo as pessoas chegam com o famoso "Deixa eu te falar"
Da MUITA vontade de dizer, NAO DEIXO!!!
ASEHASUESA
[sorriso]
o melhor foi a resposta:
- Não!
a pergunta era empréstimo de dinheiro?
porque a resposta.
[sorriso]
é sempre bom estar aqui.
Beijos
Au Revoir
Rapaz, o texto é até interessante. Mas já vivi situações em que o "posso te fazer uma pergunta?" representava muito mais um embaraço pra quem estava perguntando do que pra mim. É um código de introdução, assim como o "nada não" normalmente é um código de defesa.
quem sabe, talvez, pode ser, aliás, tenho certeza, isso mesmo, boa certeza nisso, muito bacana isso aqui.
abraço
pior que isto só o "posso ser sincero?"
"Ninguém fala "posso te perguntar uma coisa?" para saber que horas são, ou se o Brasil ganhou o jogo de ontem. É para perguntar coisa cabeluda.", essa vai pra minha listinha de verdades a bsolutas....
Bruno,
Ah tenha medo! Esse tipo de pergunta é sempre pepino e dos grandes! Mas costumo deixar a pessoa perguntar. A curiosidade fala mais alto sabe? E eu sempre digo antes:
- Iiiih, lá vem merda! Tá, fala logo vai, antes que eu desista!
Hahahah... Mas acho melhor eu começar a levar em consideração essa ótima opção de dar um belo “não” como resposta. Adorei!
Beijos
hahaha situação comum essa, sinceridade total no diálogo!! Ficou bem engraçado!!
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