capítulo sexto - economia
Inflação galopante, desvalorização cambial e outros termos negativos dos economês parecem não abalar o otimismimo dos zwkrshjistaneses, povo alegre e despreocupado com o futuro. Em termos de mercado financeiro, a rúpia zwkrshjistanesa mostra-se uma moeda extremamente versátil, especialmente quando se trata de calçar mesas bambas.
Superando os anos de crise –os invernos rigorosos no hemisfério norte têm prejudicado a outrora forte indústria de tinta para pintura a dedo–, atualmente o espírito arrojado do presidente Tzawsëj Trçakydf impulsiona o Zwkrshjistão para o mundo desenvolvido. O país desponta na conversão de urânio radioativo em lâmpadas de abajur e na impressão de baralhos estampados com mulheres nuas. Também não é exagero dizer que, muito em breve, todos as crianças fumantes do mundo terão ao menos uma piteira infantil do simpático ratinho Mlckëy.
A política do Estado é não interferir na economia. O presidente Trçakydf evita estatizar as empresas privadas, exceto quando elas conseguem mais de 10% de lucro ao ano. A taxa de desemprego pode chegar, no caso de derrota do time de coração do Ministro do Interior, à casa dos 80%.
A administração do Banco Central Zwkrshjistanês fica por conta do ministro Hwszhjk Trçakydf, alfabetizado pela Escola Primária de Z'zträkosk. O BCZ, por sua vez, é financiado em grande parte pelo Conselho dos Agiotas de Tblïshjkra, que pratica taxas amigáveis de juros quando se trata de projetos estatais.
Nos lares de todo o país, o praticado é que não se comprometa mais do que três quartos do orçamento mensal em apostas de jogo ou vodka de cebola. Também é considerado de bom tom –e evita problemas dentários– pagar 97,8% de juros caso se pegue, numa emergência familiar, dinheiro emprestado de algum parente próximo. Uma filha caçula com bons dentes também costuma ser de grande valia nas negociações de dívidas mais corriqueiras.
Um comentário:
Fico imaginando a taxa de financiamento de um Lada movido a urânio no Zwkrshjistão...
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